Em 2020, a realidade de trabalho da grande maioria dos profissionais foi completamente transformada por conta da pandemia da Covid-19. Por causa das recomendações das autoridades mundiais de saúde, muitas pessoas ao redor do mundo passaram a trabalhar de suas casas, deixando vários escritórios temporariamente vazios por aí.
Diante dessa realidade, é natural que muitos desses profissionais tenham presumido que trabalhar de casa seria bem menos complicado, pois nesse formato não é preciso enfrentar trânsito, não precisamos acordar mais cedo nem nos preocupar se irá chover ou não.
E é verdade, quando trabalhamos em nossa casa, não precisamos nos preocupar com muitas coisas que normalmente nos atentamos quando vamos para um escritório. Mas isso não quer dizer que fazer home office ou working from home é bem mais tranquilo e efetivo do que ir para um escritório. Essa falsa comodidade faz com que muitos outros problemas diferentes surjam e abram brecha para que o mais sério deles dê as caras: o assédio moral.
O que é assédio moral?
De forma breve, podemos definir como assédio moral a exposição do profissional a situações humilhantes, abusivas e repetitivas durante a jornada de trabalho. Como exemplos, podemos citar a exigência de metas impossíveis de serem batidas, a realização de tarefas que estão muito abaixo do cargo do profissional e até a exposição de informações pessoais e particularidades do colaborador que possam constrangê-lo de alguma forma.
E como esse problema chegou ao home office?
O assédio moral no home office pode acontecer de diversas maneiras. Podemos citar como exemplo as reuniões via chamada de vídeo. Muitos profissionais se sentem à vontade ao realizá-las, pois já estão habituados a fazer isso entre amigos ou já fizeram muitas outras reuniões online no trabalho. No entanto, existem pessoas que não têm a mesma desenvoltura, não dominam as ferramentas ou não possuem um espaço adequado para a transmissão e se sentem constrangidas por isso.
Quando os gestores entendem esse tipo de limitação e permitem que o profissional participe apenas por áudio, tudo bem, mas quando há a exigência do uso do vídeo, o colaborador pode se sentir constrangido. E esse constrangimento pode gerar vários outros problemas como, por exemplo, o surgimento de piadinhas vindas dos colegas e/ou chefes, qualificando assim um tipo de assédio moral no home office.
Outro grande problema que se tornou ainda mais comum nessa nova realidade foi o recebimento de mensagens de trabalho fora do horário de expediente e dentro do horário de almoço. Essa prática não só se qualifica como assédio moral como também favorece as empresas que não pagam hora extra, já que elas estão tendo seus profissionais disponíveis horas a mais sem que esse tempo seja pago.
Orientações
Por conta disso, é essencial que empresa e colaborador cultivem o hábito do diálogo. Dessa forma, o ambiente profissional (seja num escritório, seja em casa) será muito mais harmônico. É preciso respeitar as diferenças de personalidade, de conhecimento e de contexto, para que todos se sintam inteiramente confortáveis para participar das atividades da empresa, seja de qual maneira for.
Além disso, é preciso que as jornadas de trabalho dos colaboradores sejam respeitadas. Todo profissional precisa de descanso físico e mental. Desligar-se das obrigações da empresa e se dedicar a si é essencial, e isso precisa ser feito diariamente. E caso haja realmente a necessidade de que o profissional estique seu horário, ele precisa ser remunerado por isso.
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