A inclusão de pessoas com diferentes identidades de gênero no universo profissional ainda é um assunto pouco falado e também considerado um “desafio” para algumas empresas brasileiras. O que não faz sentido, pois estamos falando de pessoas comuns, seres humanos, mas que por questões de intolerância acabam não possuindo as mesmas oportunidades e acessos que a maioria.
O que acontece é que o preconceito e a ignorância ainda aparecem com grande frequência em situações do dia a dia que deveriam ser simples para estes profissionais, como processos de seleção e integração no ambiente de trabalho. Há também quem não respeite o nome social de algumas pessoas. Feio, né?
E isso é grave, muito grave. Como em pleno ano de 2021 uma parcela da população ainda precisa passar por situações de constrangimento por conta da sua orientação sexual e/ou identidade de gênero?
O que a lei diz
O Decreto nº 9.571/2018, que institui as Diretrizes Nacionais sobre Empresas e Direitos Humanos, prevê, em seu artigo 8º, inciso IX, que cabe às empresas respeitar a livre orientação sexual, a identidade de gênero e a igualdade de direitos da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgêneros em âmbito empresarial, além de zelar por um ambiente de trabalho não só inclusivo, mas saudável e ameno.
Chega a ser difícil aceitar que a nossa sociedade seja tão preconceituosa que é preciso criar um decreto que nos diga que devemos tratar outro ser humano bem. Tem noção disso?
Diversidade é riqueza
Pare e pense bem: um ambiente de trabalho com perfis sociais, culturais, étnico-raciais, orientações sexuais e identidades de gênero diferentes é capaz de gerar experiências e aprendizados riquíssimos para qualquer empresa. É uma questão de lógica perceber que um negócio que possui colaboradores com vivências diversas têm muito mais capacidade de ter visões diferenciadas sobre um mesmo tema, gerando vantagem competitiva e muito mais lucratividade.
Ou seja, além de criar oportunidades para profissionais que são esquecidos pela maioria das empresas, o que não deveria acontecer em hipótese alguma, cria-se também um ambiente fértil para o surgimento de ideias inovadoras, com base nas diferentes perspectivas de cada colaborador. Todo mundo sai ganhando.
Mas a verdade é que essa chave só vai começar a virar quando cada um fizer sua parte. O mundo não vai mudar de uma maneira uniforme e sincronizada, como num filme. Precisamos revolucionar os nossos pequenos mundos, nossas bolhas, para assim irmos reeducando nossa população e transformando a nossa sociedade em uma coletividade que preza pelo respeito e, acima de tudo, pela humanidade.
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