A vontade de chegar a algum lugar ou conquistar algo é o que nos motiva. É o combustível dessa máquina perfeita e ao mesmo tempo cheia de defeitos chamada ser humano. É notório que as pessoas das novas gerações, mesmo aquelas que ainda não sabem qual é o seu real propósito, diferem-se das que vieram nas gerações anteriores por terem esse desejo latente de possuir um “norte”.
Elas necessitam fazer algo que tem um real significado para elas, algo que as farão felizes. É óbvio que elas também querem ganhar dinheiro, mas o discurso que se ouve é que esse ganho se torna cada vez mais uma consequência de um trabalho bem feito, bem feito por ser feito com vontade, com prazer.
E é a partir desse conceito que iniciamos nossa conversa.
Propósito? Não sei se tenho
Bom, talvez você até tenha, pode ser que você o chame por outro nome. Algumas pessoas o denominam de objetivo, sonho, meta, projeto ou até finalidade. No entanto, consideramos “propósito” o termo mais adequado por definir bem algo que temos uma vontade incontrolável de realizar/conquistar.
Para te ajudar a identificar se você possui ou não um propósito te explicamos que ter um propósito é, substancialmente, saber onde se quer chegar e dedicar toda sua energia a isso. Se você tem um norte bem definido e investe seus esforços para chegar lá, sim, você tem um propósito.
E ele pode variar de pessoa para pessoa. Alguns querem simplesmente ficar ricos, não importa como, outros sentem a necessidade de ajudar outras pessoas. Isso é muito pessoal. Nos casos em que realmente não existe um propósito, é natural que nenhum trabalho ou atividade seja satisfatória. Tudo acaba se tornando um tanto superficial, sem motivação.
Como definir meu propósito?
Para isso, não existe fórmula mágica. É algo que acabamos descobrindo naturalmente por ser muito íntimo e subjetivo. Talvez, o modo mais fácil de descobrir seja por eliminação. Você elenca algumas coisas que gostaria de experimentar fazer e sai testando, experienciando cada uma delas. No meio desse processo, você conhecerá seus limites, descobrirá o que não gosta e pelo o que é apaixonado.
Às vezes esse propósito surge cedo, às vezes demora um pouco mais. Às vezes ele nasce dentro de nós, às vezes por inspiração em alguém. Você também pode fazer a si próprio algumas perguntas peculiares: “por que eu estou fazendo isso?”; “qual é o sentido de dedicar grande parte do meu tempo a fazer isso?”.
E como citamos anteriormente, mesmo fazendo todas essas perguntas você pode acabar chegando à resposta de que seu propósito é simplesmente ganhar dinheiro. E tudo bem.
Mas qual é o propósito de ir em busca desse dinheiro? Obter conforto? Conseguir viajar mais? Ter uma casa grande? Um carro? Proporcionar uma vida boa para sua família? Aí você começa a chegar a algum lugar. Mas aí te fazemos uma última pergunta: qual é a sua motivação de conquistar essas coisas?
Por mais que as perguntas pareçam não ter fim, esse é um exercício que pode te ajudar muito na hora de descobrir o que realmente te move. Somente após descobrir o seu propósito é que você poderá levantar da cama diariamente sabendo porque precisa enfrentar tudo o que irá enfrentar naquele dia, que muitas vezes não é fácil.
Somente após isso você poderá enfrentar todo o seu caminho até chegar lá onde quer chegar, e na maioria das vezes esse caminho também não é fácil. Mas quando temos um propósito, tudo vale a pena.
Ikigai
A mandala ikigai é uma ferramenta de autoconhecimento que faz um alinhamento entre vários pontos da nossa vida pessoal e da profissional. Ela é composta por quatro círculos que se sobrepõem: o que amo fazer; o que posso fazer bem; o que posso ser pago para fazer; e o que o mundo precisa. Em seu centro, encontramos a interseção principal, chamada de ikigai.
Essa ferramenta pode ser uma ótima ajuda para quem deseja encontrar o seu propósito de vida, pois nela colocamos nossas aspirações pessoais e profissionais, nossos valores e oportunidades de trabalho.
Preencher ela é muito fácil:
– O que amo fazer: Aqui você coloca o que te dá prazer fazer. Pense naquilo que você iria se dedicar caso não precisasse de dinheiro.
– O que posso fazer bem: Aqui você coloca seus talentos e pontos fortes. Caso você não tenha certeza, pergunte a amigos e familiares.
– O que posso ser pago para fazer: Neste ponto, com base nas reflexões anteriores, você irá pensar sobre alguma atividade que poderia exercer e ser pago por isso.
– O que o mundo precisa: Aqui é uma área mais abstrata. É hora de pensar em algo que você pode fazer e que irá agregar valor social, que pode ajudar os outros e tornar mundo melhor.
Após preencher tudo, você irá chegar na interseção principal e ter uma ideia melhor sobre suas aspirações profissionais. É importante que você seja sincero consigo mesmo na hora de criar sua mandala, pois por mais que possa parecer algo simples, esta ferramenta é bem importante para quem está querendo se autoconhecer e entender a sua missão nessa terra de meu Deus.
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